20 de julho de 1986
O clipe “Press” de Paul estréia na MTV americana.
Fonte: The Beatles Diary.
Por Marina Sanches – @sancmarina
20 de julho de 1967
Paul comparece ao Chappell Recording Studios enquanto a Chris Barber Band gravava uma versão de “Catcall” (a mesma “Catswalk” composta por Paul em 1958 e que chegou a ser tocada pelos Beatles no início). Paul contribui com gritos, uivos e um pouco de piano.
Fonte: The Beatles Diary.
20 de julho de 1964
Lançamentos exclusivos da Capitol: LP “Something New” e compactos “” / “I’m Happy Just To Dance With You” e “And I Love Her” / “If I Fell”. Lembrando que, na época, a Capitol montava os discos dos Beatles diferentemente dos lançamentos originais ingleses.
Fonte: The Beatles Diary.
A HISTÓRIA DA MÚSICA HEY JUDE
20 de fevereiro de 2013 • por Beatlepedia • em Histórias de Canções. •
Quando Cynthia Lennon chegou de viagem e encontrou John e Yoko juntos na casa onde ela vivia com ele, a separação realmente começou. Um acordo provisório foi estabelecido para que Cynthia e Julian, completamente abalados com a atitude de John, pudessem ficar em Kenwood, casa em que John e morava com Cynthia, enquanto John e Yoko firmavam residência em um apartamento em Montagu Square, no centro de Londres.
Paul McCartney e Julian Lennon – filho de John e Cynthia que, na época da separação, tinha 5 anos – sempre tiveram uma relação muito próxima. Paul foi o único do círculo de amizade dos Beatles que foi até Kenwood demonstrar apoio por tudo o que havia acontecido. Ele foi dirigindo de sua casa em St John’s Wood até Weybridge levando uma única rosa vermelha. Paul tinha o costume de usar o tempo que passava no carro para trabalhar em músicas novas e, nesse dia, preocupado com o futuro de Julian, ele começou a cantarolar “Hey Julian” e improvisar uma letra sobre o tema do conforto e da segurança. Em certo momento da viagem de uma hora, “Hey Julian” se tornou “Hey Jules”, e Paul criou o trecho “Hey Jules, don’t make it bad, take a sad song and make it better”. Foi só na hora de desenvolver a letra, algum tempo depois, que ele transformou Jules em Jude, por achar que soava mais forte e musical.
Paul chegou a Kenwood em uma tarde ensolarada, entregou a rosa vermelha e disse “Eu sinto muito, Cyn, eu não sei o que deu nele. Isso não está certo”. Paul ficou algum tempo. Disse que John estava levando Yoko para as sessões de gravação o que ele, George e Ringo detestavam. Paul havia terminado seu relacionamento com Jane Asher algumas semanas antes. Jane havia voltado para casa, depois da turnê de uma peça de teatro, com alguns dias de antecedência e o surpreendera na casa deles com outra garota. Ela o deixou e, diferente de John, Paul se culpava e estava com o coração partido. Depois de tantos problemas Paul brincou: “Nós podemos nos casar, o que você acha, Cyn?”. Paul não se importou com o que John pensaria disso e foi o único a desafiá-lo. Ele partiu prometendo manter contato, mas um ou dois meses depois o relacionamento de Paul com a fotógrafa americana Linda Eastman teve início e sua vida entrou em uma nova fase.
A música foi se tornando menos específica e John achou que a música era dedicada a ele, encorajando-o a sair dos Beatles e ir viver com Yoko (“You were made to go out and get her”). Um verso em particular – “the movement you need is on your shoulder” – deveria ser apenas um tapa-buraco. Quando Paul tocou a música para John, comentou que aquela parte precisava ser substituída e que ele parecia estar cantando sobre seu papagaio. “Esse provavelmente é o melhor verso da música”, disse John. “Deixe aí. Eu sei o que significa”. Paul afirmaria mais tarde que, até hoje, lembra de John quando canta essa frase em seus shows.
Julian Lennon cresceu conhecendo a história por trás de “Hey Jude”, mas só em 1987 ouviu os fatos diretamente de Paul, quando o encontrou em Nova York. “Foi a primeira vez que nós sentamos e conversamos. Ele me contou que vinha pensando na minha situação todos aqueles anos atrás, no que eu estava passando e pelo que eu ainda teria de passar no futuro. Paul e eu passávamos bastante tempo juntos – mais do que meu pai e eu. Talvez Paul gostasse mais de crianças na época. Tivemos uma grande amizade, e parece haver muito mais fotos daqueles tempos em que estou brincando com Paul do que com meu pai”, conta Julian. “Eu nunca quis saber realmente a verdade sobre como meu pai era e como ele era comigo”, ele admite. “Mantive minha boca fechada. Muita coisa negativa foi dita sobre mim, como quando ele disse que eu tinha saído de uma garrafa de uísque em um sábado à noite. Coisas assim. É muito difícil lidar com isso. Eu pensava ‘cadê o amor nisso tudo?’. Foi muito prejudicial psicologicamente, e por anos isso me afetou. Eu costumava pensar ‘como ele pôde dizer isso sobre o próprio filho?’”.
Julian não se limita à letra de “Hey Jude” já há algum tempo, mas acha difícil fugir dela. Ele está em um restaurante e a música toca, ou ela surge no carro quando está dirigindo. “Ela me supreende toda vez que a escuto. É muito estranho pensar que alguém escreveu uma música sobre você. Ainda me emociona”, ele diz.
“Hey Jude” foi o single de maior sucesso de toda a carreira dos Beatles. Chegou ao topo das paradas no mundo todo e, antes do fim de 1967, mais de 5 milhões de cópias tinham sido vendidas. A letra original escrita por Paul foi comprada por Julian Lennon em um leilão, décadas depois.
FONTES: Beatlepedia
JOHN LENNON. O sonho deve continuar.
Imagine que John Lennon já não mais existe – é duro demais. John nos mostrou um mundo tão cheio de encanto, de amor e liberdade, que é impossível imaginá-lo sem ele. “Afinal, por que estamos neste mundo?” – ele costumava dizer. “Certamente não para sentir medo e dor.” Ironicamente, sua trajetória seria marcada pela violência: quando ele nasceu, no dia 9 de outubro de 1940 (Liverpool, na Inglaterra), Londres, a capital, era arrasada pela aviação alemã. Era só o começo da II Grande Gerra Mundial. 40 anos depois, em frente ao prédio onde morava, seria assassinado, ao que parece, por um beatlemaníaco(É o que foi dito na época, pois antes de assassiná-lo o mesmo pediu autografo a John). Triste ironia!
A importância de John e os Beatles tem sido discutida até hoje – e é certo que vai levar ainda algum tempo até que se possa compreender melhor tudo o que aconteceu. Seja como for, uma coisa é certa: sem eles, o mundo não seria muito diferente do que era no tempo dos nossos pais. Quando eles surgiram, em 63, tudo era regido por uma moral vitoriana: os rapazes usavam o cabelo muito bem aparado, as garotas não ousavam usar vestidos acima dos joelhos, e o namoro jamais ia além de uns beijinhos no portão. Os Beatles mudaram a ordem das coisas. Passaram a gozar tudo que era sério. A própria Rainha da Inglaterra acabou vitima das gozações de John. Foi num concerto, em 63, em Londres: “Vocês aí no fundão, podem bater palmas” – disse ele. “E vocês das poltronas, basta sacudirem as jóias.” Sua majestade encontrava-se majestosamente instalada na primeira fila de poltronas.
Com a dissolução dos Beatles, em 70, desabaram as esperanças de toda uma geração. “O sonho acabou”, John diria. Com a sua última mensagem veio mais uma vez confirmar as possibilidades de um sonho: “Nós ainda podemos mudar muita coisa. Construa o seu próprio sonho. Não espere que alguém o faça por você”.
Por Marina Sanches – @sancmarina.
A HISTÓRIA DE A HARD DAY’S NIGHT, O PRIMEIRO FILME DOS BEATLES
FONTES: Beatlepedia
Todo mundo deve conhecer a história, o Paul McCartney conta em todo show que ele faz. Mas histórias boas foram feitas para serem contadas milhares e milhares de vezes. Bem, o Alexandre Matias conta melhor que eu: Os quatro Beatles foram ao último show da turnê do Jimi Hendrix Experience na Inglaterra em 1967, no dia 4 de junho, no teatro Saville em Londres, um domingo. Na quinta anterior, dia 1°, o grupo havia lançado seu mítico Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, cumprindo a autopromessa que era a invenção da psicodelia inglesa. O próprio Paul McCartney deu uma cópia ao maior guitarrista de todos os tempos, poucas horas antes do show de domingo. Eis que Hendrix resolve abrir a noite com: Clássico é clássico: O dia em que Jimi Hendrix tocou “Sgt. Pepper’s” para os Beatles Melhor que o Matias, o próprio Paul conta sobre esse dia: Vídeo de Paul Jimi Hendrix Story – Las Vegas. Paul McCartney conta a história de Jimi Hendrix em Las Vegas, 6/10/11 O velho Macca conta o causo em suas apresentações sempre antes de tocar a canção “Let Me Roll It” para Jimi Hendrix com uma versão instrumental de “Foxy Lady”, uma espécie de retribuição, já que o Beatles considera o fato de Jimi — o maior guitarrista de todos os tempos — tocar uma música sua dois dias depois de ser lançada, ““um dos maiores tributos” à sua carreira. Let Me Roll It (Live on Later…with Jools Holland, 2010) E não é de hoje não. Aqui embaixo, Paul toca a mesma versão na década de 70, ainda com os Wings (e ainda com mullets): Paul McCartney & Wings – Let Me Roll It (Seattle ’1976) E então que, lá em 67, Jimi Hendrix tocou “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band” dois dias depois de seu lançamento:
De acordo com informações essa foto não é desse dia. Above: The Beatles watch The Jimi Hendrix Experience at their manager Brian Epstein’s Saville Theatre in London’s West End. Na foto, Paul e George sentados e, em pé, John e Ringo, todos os quatro assistindo a apresentação do Jimi em 67.
por Jader Pires em 13/07/2013 às 10:00 | Cultura e arte, PdHShots
Fonte: Papo de homem.
A HISTÓRIA DA CANÇÃO BECAUSE
9 de janeiro de 2013 · por Beatlepedia · em Beatles. ·
Os Beatles já eram um sucesso na Grã-Bretanha quando, em novembro de 1963 – duas semanas antes do lançamento de With The Beatles -, Brian Epstein foi a Nova York. Como os Beatles vinham sendo lançados nos EUA por um selo independente e fracassando, Brian tinha a missão de persuadir a Capitol Records a apoiar os Beatles com peso corporativo e o apresentador de televisão Ed Sullivan a trazer a banda ao seu programa de variedades. Graças à ajuda de milhares de fãs frenéticos dos Beatles, Epstein falara com Sullivan uma semana antes quando, por acaso, estava de passagem pelo Aeroporto de Heathrow no dia em que os Beatles voltavam de uma série de shows na Suécia. O local estava uma loucura, com gritos e fãs apaixonadas. Ed Sullivan ficou impressionado e convidou Epstein a procurá-lo em Nova York. Uma semana depois, lá estava Brian, pronto para conversar com Sullivan. Ele não falou em dinheiro, mas insistiu que os Beatles fosse a atração principal – que garantia que a banda seria incluída nas chamadas do programa. Brian saiu dos EUA com um contrato para três participações – duas ao vivo e uma gravada – em domingos consecutivos em fevereiro de 1964 e um chachê que consistia em passagens aéreas e 4 mil dólares.
A primeira percepção dos Beatles nos EUA viria na semana de férias entre o Natal e o Ano-Novo, quando as estações de rádio do país inteiro começaram a tocar “I Want to Hold Your Hand”. Depois do dia 1° de janeiro, enquanto os estudantes retornavam do feriado natalino, o som da música no rádio era acompanhado pela chegada do disco às lojas, e a novidade musical começavava a se espalhar pelas escolas dos Estados Unidos. A Capitol lançou às pressas o LP Meet The Beatles, vendendo mais de meio milhão na primeira semana.
O telegrama com a notícia de que “I Want to Hold Your Hand” chegara ao primeiro lugar nos EUA chegou aos Beatles na terceira semana de janeiro, em um hotel em Paris. Logo um grupo de jornalistas americanos fora enviado para obter citações, fotos e material para os artigos que estavam sendo preparados para a chegada da banda, que se daria em breve. A Capitol Records havia colocado 5 milhões de pôsteres onde se lia “The Beatles are coming” por todo o país e certa de cinco mil pessoas fizeram o pedido para os setecentos ingressos do Ed Sullivan Show.
Quando os Beatles chegaram ao Aeroporto de Heathrow para pegar o avião rumo aos EUA, eles não sabiam de nada disso. Sabiam, apenas, que os discos haviam ido bem. Heathrow estava explodindo com tantas fãs gritando e soluçando, segurando faixas que diziam “We love you Beatles“. Policiais formavam correntes, com os braços dados, tentando conter a multidão. Depois de uma entrevista coletiva, eles foram levados até o avião. No topo da escada, eles acenavam para as varandas lotadas do aeroporto ao som de gritos cada vez mais alto. Estavam no avião, além dos Beatles, Brian Epstein, Cynthia Lennon, Neil Aspinall e Mal Evans. Haviam também alguns jornalistas e fotógrafos, incluindo uma equipe do Liverpool Echo. O avião parecia uma festa: havia muito champagne, e todos ficavam mais eufóricos à medida que se aproximavam dos Estados Unidos. Eles estavam claramente com medo de ser apenas mais um grupo inglês sem sucesso nos EUA, mas qualquer idéia de esquecimento foi rapidamente abortada enquanto eles olhavam pelasjanelas do avião no momento em que ele taxiava para parar. Eles trocavam olhares eufóricos e assustados. John gritava “Ah, meu Deus, olhem só aquilo!”. Mais de 10 mil adolescentes esperavam pela banda cantando “Nós amamos vocês, Beatles, amamos mesmo!”.
Quando a porta do avião foi aberta, os gritos era ensurdecedores. Eles conquistaram os americanos antes mesmo de aparecerem em público. Quando desceram do avião, foram rapidamente levados para um salão em que alguns jornalistas e equipes de televisão esperavam para realizar uma estrevista coletiva. Era a maior que já haviam feito, e John teve que gritar para que houvesse um pouco de silêncio. As perguntas era curtas e rápidas, seguidas sempre de um comentário espirituoso.
– Qual é a maior ambição de vocês?
– Vir para a América.
– Vocês esperam levar alguma coisa daqui?
– O Rockefeller Center.
Depois da coletiva, foram escoltados até os luxuosos Cadillacs que estavam esperando para levá-los até o Hotel Plaza. Enquanto olhavam pela janela encantados com a cidade que viam, as rádios eram interrompidas por boletins constantes que anunciavam a chegada dos Beatles. Todas as ruas em torno do hotel estavamborbulhando de loucura. As milhares de garotas gritavam sem parar com suas perucas dos Beatles, faixas, fotos e camisetas. Os policias estavam exaustos, se esforçavam tanto para que ninguém rompesse a barreira, que seus rostos estavam vermelhos. Quando chegaram no hotel, foram levados até uma suíte espetacular. Quando olhavam pelas janelas, viam as multidões que vinham de todas as direções. A chance de fazerem turismo estava descartada. Guardas e funcionários do hotel ficavam ao lado da porta da suíte dia e noite, enquanto outros guardas ficavam na parte de baixo do hotel, preparados para capturar as fãs que conseguiam romper a barreira policial. O telefone tocava com uma frequência assustadora, e telegramas chegavam o tempo inteiro – entre eles, um de Elvis. Eles só conseguiam sair pela porta dos fundos e tinham que correr direto para a limousine e abrir caminho vagarosamente entre a multidão.
Os Beatles tocaram no Ed Sullivan Show dois dias depois de terem chegado aos EUA. George Harrison estava tão gripado e se sentindo tão mal que teve de ser dopado com remédios para conseguir se apresentar. Todos os medos e inseguranças que tinham fora destruído no momento em que Paul foi até o microfone e cantou “Close your eyes and I’ll kiss you”. Segundo alguns institutos de estatísticas, foi a maior audiência registrada por um programa na televisão americana. 74 milhões de americanos sintonizaram no Ed Sullivan Show no dia 9 de fevereiro de 1964, numa tarde de domingo, e foram, definitivamente, apresentados aos Beatles. Enquanto eles, depois de todo o medo de fracassar nos EUA, olhavam encantados para os rostos em êxtase na platéia e entendiam que estavam começando a conquistar o mundo.
Fonte: Beatlepedia